O poder e a biopolítica: as fronteiras que separam a vida digna da vida indigna de ser vivida
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v9i1.1251Palavras-chave:
Biopoder, Poder Soberano, Vida NuaResumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar quanto à localização do espaço da biopolítica nos contornos da noção do poder soberano e a vida nua, principalmente, nas formas de pensar sobre as práticas políticas que não se enquadram facilmente em categorias tradicionais, como a noção de biopoder. Abordaremos sob o esquema teórico de Agamben e Foucault, ressaltando a característica na qual o poder soberano não mais repousa sob a direção de apenas um sujeito dotado de características excepcionais. No intuito de desvelar, sob a ótica dos autores, como o desenvolvimento das intervenções biopolíticas ocorre, cada vez mais, de maneira velada, amparadas por um saber-poder que as legitima, e emanadas de centros de poder cada vez mais descentralizados. Caracterizando um binômio: a vida qualificada (bios), a vida que merece ser vivida em plenitude e protegida por ser incluída numa comunidade política (como na pólis) e instituída de direitos; e a mera vida (zoé), a vida nua não qualificada, desprovida de garantias e exposta à morte.
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