A Clínica das Mulheres: Erotomania e Devastação
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v3i1.168Palavras-chave:
Psicanálise. Feminino. Devastação. Parceria.Resumo
O discurso das mulheres é marcado por uma condição que não comparece no discurso dos homens: a familiaridade com o S . Isso marca uma especificidade no discurso das mulheres, em análise, e em seus enlaces amorosos, inclusive os transferenciais, pois perpassam a condição feminina que carregam. Esta especificidade está na maneira com que enlaçam o amor e a questão de sua própria existência. Desde Freud, sabemos que, com a castração há a inscrição de uma falta articulada ao significante, o que leva uma mulher a reeditar seu vínculo pré-edipiano com o Outro primordial, na esperança de obter um significante que a represente como mulher. A insistência desse endereçamento de demanda infinita de amor, Lacan nomeia de devastação. Para as mulheres, amor e devastação possuem estreito parentesco porque ambos estão sob o registro do sem limite e da falta de significante no Outro. Diante da falta de um significante que defina o que é uma mulher, a devastação comparece como resposta no relacionamento entre mãe e filha, nas parcerias amorosas e nas relações transferenciais em análise.Downloads
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