Reflexões acerca do predomínio do modelo biomédico, no contexto da Atenção Primária em Saúde, no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v11i2.2184Resumo
O presente artigo é resultado de um levantamento bibliográfico para posterior análise cuja finalidade foi investigar as práticas de cunho biologizantes, vigentes no cenário da saúde na contemporaneidade, como também na saúde mental, delimitando nosso foco no âmbito da Atenção Primária em Saúde, que compõe o Sistema Único de Saúde (SUS). O ponto central desse estudo reside em discorrer sobre os vetores que direcionam as ações e estratégias nesse nível de atenção, num sentido que reforça paradigmas reducionistas e biologizantes, em detrimento da solidificação de um dos princípios norteadores do SUS – a integralidade nas práticas de saúde. Neste sentido, visando aprofundar a discussão, o artigo traz apontamentos acerca dos avanços preteridos pela Reforma Sanitária e pela Reforma Psiquiátrica, que dentre seus objetivos, estava a consolidação de uma compreensão sobre a multidimensionalidade nos cuidados à saúde da população. Entretanto, no discorrer do trabalho, há a contraposição desse princípio com as visões e estratégias predominantes que implicam na disciplinarização e controle dos sujeitos, o que Michel Foucault nomeia de biopolítica. Neste ínterim, justifica-se a abordagem do tema, devido aos efeitos que essa dinâmica entre saberes incidem diretamente na atuação das equipes de saúde, como também, nos posicionamentos da população, enquanto usuária dos equipamentos de saúde, em especial, a Atenção Básica.
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