A Morte de Benjamin Benatar e Miguel Levy em Vassouras-RJ no século XIX
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v11i1.2338Resumo
Este artigo busca sanar algumas lacunas para entender o momento histórico do falecimento de Benjamin Benatar em 1859 e de Miguel Levy em 1878 em Vassouras-RJ no século XIX. Benjamin Benatar era um negociante próspero da Vila de Vassouras, elevada à cidade em 1857. Benatar se casou na Igreja Católica, onde batizou seus filhos e foi padrinho de um sobrinho. No entanto, no leito de morte expressou sua última vontade, morrer na sua fé judaica, causando uma situação inusitada na cidade de Vassouras do Oitocentos, pois o único cemitério disponível era cristão. A família solicitou uma sepultura eclesiástica, o tribunal eclesiástico montou um processo e após oito dias, ouvindo testemunhas, análises e aplicando a sentença de negação de sepultura de acordo com as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. A viúva de Benatar recorreu à Mesa da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, composta por seus compadres que em reunião ofereceu à família, como último local para descanso daquele que tanta alegria e prosperidade trouxe para a cidade, o jardim da instituição hospitalar. Quase duas décadas depois, Miguel Levy faleceu e por também professar a fé judaica foi sepultado no mesmo jardim que Benatar. Como metodologia para esta pesquisa utilizamos fontes primárias, jornalísticas e revisão de literatura da temática. Esperamos ter contribuído com alguns pontos que poderão esclarecer dúvidas quanto ao caso destes dois judeus em Vassouras no século XIX e oportunizar novas pesquisas sobre a temática.
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