O processo de institucionalização da infância preta em casas de acolhimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21727/rm.v13i2.3062

Resumo

Neste artigo são discutidos os conceitos de território, territorialidade, raça e institucionalização, problematizando as relações que podem guardar entre si. Para tanto, parte-se do histórico do acolhimento institucional e seus atravessamentos com a raça negra, desde o Brasil colônia até aos dias atuais. Mostra-se como as casas de acolhimento têm se configurado como um território definido e delimitado por e a partir das relações de poder, gerando subjetividades e impregnando imaginário social até os dias atuais. Critica-se os mecanismos sociais que perpetuam as desigualdades sociais, apontando a negligência como uma forma concreta a prática de criminalização da pobreza. Expõe-se como as políticas públicas para a proteção de crianças e adolescentes precisam estar alinhadas com as questões raciais e socais, uma vez que preconiza-se o território como importante para a promoção das identidades, e essas são importantes para o desenvolvimento de subjetividade que combate a segregação racial e o racismo.

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Biografia do Autor

Luana Luiza Galoni, UFRRJ

Possui formação técnica em administração de empresas pela Fundação de Apoio as Escolas Técnicas (FAETEC) - RJ (2013). Psicóloga pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) (2018) e Meste pela mesma instituição com trabalho intitulado "A Inserção Ecológica em pesquisa com adolescentes do sexo feminino em acolhimento institucional: Analisando o processo de desligamento institucional". Colaboradora do eixo de Infância e Juventude pela comissão gestora do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro e Colaboradora no Espaço Cultural Casarão. Autora do livro "pra ler sem respirar" (Multifoco, 2019), colaboradora nos livros "Contos para Depois do Ódio" (Mórula, 2020) e "Além da Terra, Além do Céu (Chiado Books, 2018). Participou com iniciação científica voluntária do grupo de pesquisa "Equoterapia: Campo Interdisciplinar de Educação, Saúde e Desporto", na linha de pesquisa "Atividades de educação, saúde e reabilitação" e iniciação científica intitulada "Unidade Móvel de Atendimento em Equoterapia como Ferramenta da Extensão Rural" (2016) e iniciação científica também pelo projeto de pesquisa "O corpo na contemporaneidade: perspectivas psicanalíticas sobre a prática de autolesão em adolescentes" (2018) e como monitora voluntária da disciplina de Psicologia e Educação I na UFRRJ (2018). Realizou estágio profissional na Associação Vida Plena de Mesquita atendendo crianças vítimas de violência e trabalhou como produtora cultural no Departamento de Arte e Cultura (DAC) da UFRRJ junto ao "Núcleo de Produção Cultural Seu Gusta". Atualmente é pesquisadora no Laboratório de Estudos sobre Violência Contra Crianças e Adolescentes (LEVICA) da UFRRJ, atuou ainda como voluntária e representante no Rio de Janeiro do Grupo de Apoio a Megaeventos (G.A.M.E) pela campanha nacional "Respeitar, Proteger e Garantir: Todos juntos pelos direitos das crianças e adolescentes" (2016) com ação pela seção de Protagonismo Juvenil do Comitê de Proteção Integral a Crianças e Adolescentes em Megaeventos do Rio de Janeiro e pela Campanha Internacional "Tu Mirada Protege" (2020) organizada por INAU (Instituto del Nino y Adolescente del Uruguay), RATT INTERNATIONAL e ASSOCIACIÓN CIVIL SANDRA FERRINI.

Karoline Arcanjo, UNIVERDIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/MESTRANDA

Psiocóloga pela UFRRJ; Mestranda em psicologia pela UFRRJ; Pesquisadora do LEVICA, Psicóloga Clínica e Psicóloga na Associação de Desenvolvimento Integral e da Justiça.

Grazielly Ribas, UNIVERDIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/MESTRANDA

Psicóloga e mestranda na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Pesquisadora no Laboratório de Estudos sobre Violência contra Crianças e Adolescentes (LEVICA).

Ana Cláudia Peixoto, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO/PROFESSORA

Professora Doutora de Psicologia do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Coordenadora do Laboratório de Estudos sobre Violência contra Crianças e Adolescentes (LEVICA).

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Publicado

08/23/2022

Edição

Seção

Artigos de Demanda Contínua