Estudando a China no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v14i3.4150Resumo
Os anos de 2020 e 2021 ficarão marcados na memória como um momento de grandes dificuldades sociais e emocionais. Em meio a terrível Pandemia da Covid19, os brasileiros se viram perdidos em um labirinto de incertezas, medos e dúvidas. Nesse contexto, as notícias de que o novo coronavírus teria surgido na China reascenderam preconceitos e estereótipos contra os chineses, trazendo à tona as criações da mentalidade brasileira, que oscila intensamente entre uma sinofilia (a admiração pela China) e uma sinofobia (medo e repulsa). Em jogo, está um debate mais profundo sobre a longa história das relações Brasil e China, que datam desde a época colonial. Ao contrário do que usualmente pensamos, a presença chinesa em nosso país é bem antiga, embora nem sempre a percebamos de forma imediata; e apesar das distâncias, diversos intelectuais brasileiros imaginaram a China como um modelo a ser seguido para que superássemos nossas dificuldades econômicas e culturais. Pretendemos apresentar alguns momentos marcantes dessa relação, revelando como Brasil e China tem um diálogo de longa duração. Os resultados desse trabalho de mapeamento seguem agora na forma do artigo que ora apresentamos, informando algumas das principais áreas, tendências e autores que marcaram os estudos sobre a China no Brasil.
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