Impactos da pandemia Covid-19 no conhecimento em ressuscitação cardiopulmonar pré-hospitalar por estudantes de medicina

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DOI:

https://doi.org/10.21727/rm.v15i1.4406

Resumo

A parada cardiorrespiratória (PCR) consiste na interrupção abrupta da contração cardíaca e ejeção do fluxo sanguíneo aos órgãos do corpo, incluindo o próprio coração seguido de óbito. As causas podem ser pela disfunção mecânica ou elétrica do coração. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) começou a ser discutida e ganhar visibilidade no século 18, através da toracotomia, evoluindo, no século 19, para as técnicas de compressões torácicas e abertura de vias aéreas combinadas, momento em que a American Heart Association (AHA) introduziu o primeiro guia de atendimento e suporte cardiopulmonar, dando início aos treinamentos direcionados a população. O objetivo foi avaliar e comparar o conhecimento do estudante de medicina sobre identificação da PCR e técnica da RCP no atendimento pré-hospitalar segundo o período pandêmico de COVID-19. Estudo observacional e transversal, quantitativo e qualitativo em alunos do primeiro período de medicina, através de questionário anônimo com 21 perguntas sobre conhecimento teórico em RCP. Foram divididos entre o período pré-pandemia (Pré-P) COVID-19 (entre 2018 e 2019); per-pandêmico (Per-P) (2020 e 2021); pós-pandemia (Pós-P) (2022) para comparação do conhecimento. Total de 536 questionários avaliados. Houve 296 (55,2%) alunos no grupo Pré-P, 171 (31,9%) no Per-P e 69 (12,9%) no Pós-P. O grupo Pós-P demonstrou maior conhecimento em relação ao primeiro, segundo e terceiro elos na cadeia de sobrevivência, em relação à região e a profundidade das compressões torácicas, sobre o que é um desfibrilador externo automático (DEA) e sobre identificar uma vítima de PCR. Porém, o grupo Pré-P informou saber manusear um DEA e aptidão em realizar uma RCP. O serviço de socorro ser acionado e o telefone de contato; a superfície onde a vítima deve estar apoiada; o posicionamento das mãos do socorrista no tórax da vítima e do socorrista foram semelhantes, contando com a maioria, entre os grupos. A minoria dos grupos conhecia a diferença entre os ritmos chocáveis e não chocáveis e sua importância em relação ao uso do DEA de forma semelhante. O grupo Pós-P demonstrou maior conhecimento sobre as técnicas de RCP, sobre o DEA e reconhecimento as PCR. Porém, o grupo Pré-P demonstrou ser mais capaz em proceder uma RCP e manusear o DEA, apesar do menor conhecimento nas respostas sobre as técnicas.

Palavras chaves: Reanimação Cardiopulmonar. Parada Cardíaca. Emergências.  Estudantes de Medicina. Conhecimento. Cardioversão Elétrica. Desfibriladores externo automático

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Publicado

04/30/2024

Edição

Seção

Dossiê Temático I: Covid-19 – Saúde e Qualidade de Vida