Perfil clínico-epidemiológico das lesões traumáticas em adultos atendidos no Hospital Universitário Sul-Fluminense (HUSF) em Vassouras-RJ

Autores

  • Rafael Torres Rezende
  • Paula Pitta de Resende Côrtes
  • Adriana Rodrigues Ferraz
  • Maria Olívia Bezerra de Lima
  • Tiago de Oliveira Boechat

Resumo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de pessoas morrem no mundo a cada ano vítima de acidentes de trânsito, ocasionando impactos negativos na família das vítimas e na saúde da população. Nossa população carece de estudos mais específicos sobre o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma, desse modo, faz-se de suma importância à realização de estudos que definam melhor essas variáveis relativas ao público-alvo atendido diuturnamente em nosso sistema público de saúde de emergência. O objetivo deste estudo é descrever o perfil clínico-epidemiológico de pacientes vítimas de trauma atendidos no Hospital Universitário Sul-Fluminense – Vassouras-RJ. Foi realizado um estudo retrospectivo e prospectivo através da analise de prontuários de 100 pacientes atendidos no ambulatório de ortopedia e nas enfermarias de clínica cirúrgica no período de janeiro de 2015 a setembro de 2015 no Hospital Universitário Sul-Fluminense (HUSF) em Vassouras/RJ. Os dados foram coletados através de questionário semi-estruturado e analisados estatisticamente. Os resultados encontrados foram: a principal causa delesão traumática foram os acidentes motociclísticos (24%), 64% dos pacientes que sofreram algum trauma eram do sexo masculino, a maioria das vítimas (40%) está na faixa etária de 18 a 30 anos e 42,95% dos pacientes apresentaram lesões em membros superiores. Após análise dos dados coletados, pode-se observar que o presente estudo se assemelha ao cenário nacional. O investimento na formação de profissionais da área de urgência e emergência e o incentivo para exercer seu papel de educador na prevenção das causas que contribuem para o aumento desta estatística serão de grande importância.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Gonsaga RAT. Avaliação da mortalidade por causas externas. Rev. Col. Bras. Cir. 2012;39(4):263-267.

Lemos CAG, Jorge MT, Ribeiro LA. Perfil de vítimas e tratamento de lesões por causas externas segundo atendimento pelo Centro de Reabilitação Municipal de Uberlândia, MG – Causas externas e fisioterapia. Rev. Bras. Epidemiol. 2013;16(2):482-492.

Andrade-Barbosa TL. Mortalidade masculina por causas externas em Minas Gerais, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2013;18(3):711-719.

American College of Surgeons.Trauma músculo-esquelético. In: Advanced Trauma Life Support. 6th ed. Chicago: American College of Surgeons. 1997:243-62.

Lima MVF. Perfil dos atendimentos por causas externas em hospital público. Rev RENE. 2012;13(1):36-43.

Malta DC. Atendimentos por acidentes de transporte em serviços públicos de emergência em 23 capitais e no Distrito Federal – Brasil, 2009. EpidemiolServ Saúde. 2012;21(1):31-42.

Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em http://www.datasus.gov.br.

Gawryszewski VP. Atendimentos de emergência por lesões decorrentes de causas externas: características das vítimas e local de ocorrência, Estado de São Paulo, Brasil, 2005. Cad. Saúde Pública. 2008;24(5):1121-1129.

Melione LPR, Mello JMHP. Morbidade hospitalar por causas externas no município de São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde. 2008;17(3):205-216.

Anjos KC. Paciente vítima de violência no trânsito: análise do perfil socioeconômico, características do acidente e intervenção do Serviço Social na emergência. Acta Ortop Bras.2007:15(5):262-266.

São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Grupo técnico de acidentes e violências. Centro de vigilância epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”. Coordenadoria de centro de controle de doenças. O impacto dos acidentes e violências nos gastos da saúde. Rev Saúde Pública. 2006;40(3):553-556.

Leal SC, Lopes MJM. Violência como objeto da assistência em um hospital de trauma: o “olhar” da enfermagem. Ciênc. Saúde Coletiva. 2005;10(2):419-431.

Santos JLG. Acidentes e violências: Caracterização dos atendimentos no pronto-socorro de um hospital universitário. Saúde & Sociedade. 2008;17(3):211-218.

Carvalho TS. Caracterização de casos de homicídio em uma capital do nordeste brasileiro: 2003 a 2007. Rev. Rene. 2010;11(3):19-26.

Souza ER. Violência velada e revelada: estudo epidemiológico da mortalidade por causas externas em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Cad Saúde Pública. 1993;9(supl. 1):48-64.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília:MS; 2009.

Gawryszeski VP. Injury mortality report for São Paulo State. Med J 2007. 2003;125(3):139-143.

Sá VWB. Distúrbios ortopédicos e traumatológicos: análise prospectiva de 732 casos em enfermaria de ortopedia. Fisioter Brasil. 2003;4(4):238-242.

Gawryszewski VP, Koizumi MS, Mello Jorge MHP. As causas externas no Brasil no ano de 2000: comparando a mortalidade e a morbidade. Cad Saúde Pública. 2004;20(4):995-1003.

Lianza S. Medicina de reabilitação. 4ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007.

Katz M. Epidemiologia das lesões traumáticas de alta energia em idosos. Acta Ortop Bras. 2008;16(5):279-283.

Downloads

Publicado

2017-08-31

Como Citar

Rezende, R. T., de Resende Côrtes, P. P., Ferraz, A. R., de Lima, M. O. B., & Boechat, T. de O. (2017). Perfil clínico-epidemiológico das lesões traumáticas em adultos atendidos no Hospital Universitário Sul-Fluminense (HUSF) em Vassouras-RJ. Revista De Saúde, 8(1 S1), 89–90. Recuperado de https://editora.univassouras.edu.br/index.php/RS/article/view/1091

Edição

Seção

Resumo - Suplemento