Endocardite infecciosa em cabo de marcapasso por Enterobacter cloacae: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.21727/rs.v11i1.2372Resumo
A endocardite infecciosa (EI) é um desafio diagnóstico para a prática médica devido aos seus sinais e sintomas inespecíficos, principalmente, se for endocardite infecciosa sobre dispositivos cardíacos (EIDC) que corresponde a 10% dos casos de EI. Os microrganismos mais prevalentes, na EIDC, são Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase-negativa (CoNS). A presença de bactérias Gram-negativas, como Enterobacteriaceae, representa 1,8% dos casos de EI, e está relacionada à infecção hospitalar e pior prognóstico. O diagnóstico e o tratamento precoce estão relacionados à melhor prognóstico. O tratamento da EIDC é cirúrgico associado à antibioticoterapia, assim como no caso da EI por bactérias Gram-negativas. O objetivo desse estudo foi descrever o caso de EI no cabo do marcapasso, um dispositivo cardíaco, por uma bactéria Gram-negativa, sem história recente de internação hospitalar ou cirurgias. Paciente do sexo masculino, 66 anos, portador de tubo valvado aórtico e marcapasso definitivo, deu entrada no hospital com queixa de febre alta persistente associada à tosse seca com duração de um mês, em uso de antibiótico. Foi realizada a ecocardiografia transesofágica, que sugeriu o diagnóstico de EIDC. O paciente foi internado, foi realizada a antibioticoterapia por um longo período e, posteriormente, foi necessária a extração do dispositivo cardíaco. A suspeita clínica de EI em pacientes com sintomas inespecíficos associados a fatores de riscos, como uso de dispositivos cardíacos, é essencial para o diagnóstico. A terapêutica adequada precoce está relacionada à melhor prognóstico.
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