Hamartoma adenomatoide epitelial respiratório: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.21727/rs.v12i2.2525Resumo
Os tumores benignos da cavidade nasal incluem um conjunto de lesões de caráter histopatológico heterogêneo. Dentre esses tumores está incluso um subtipo de hamartoma, descrito como Hamartoma Adenomatoide Epitelial Respiratório (HAER) caracterizado por proliferações glandulares anormais derivadas da fossa nasal, nasofaringe e seios paranasais, principalmente do septo posterior, com alto potencial curativo, mas que constitui um diagnóstico desafiador na prática clínica devido a sua raridade. O objetivo foi relatar um caso de HAER, divulgar o conhecimento científico sobre essa tumoração benigna e rara, além de incentivar o diagnóstico diferencial. Paciente masculino, de 49 anos, com sintoma de dor facial intensa de início agudo, de carácter contínuo, com intensidade 9 em 10 (sendo zero ausência de dor, e dez o máximo de dor), com irradiação para gengiva, nariz e orelha externa, agravada pela sensibilidade maior a temperatura mais baixa. Várias medidas diagnósticas e terapêuticas foram realizadas para o alívio da dor, mas sem sucesso. Procurou acompanhamento com diversas especialidades, que através de exames de imagem, foi evidenciado uma lesão tumoral em rinofaringe. Por suspeita de uma neoplasia maligna, foi realizado uma cirurgia para exérese total do tumor. Todavia, a análise anatomopatólogica confirmou o diagnóstico de HAER, uma tumoração benigna e rara. Pela raridade do HAER, com poucos relatos na literatura, é importante haver a divulgação, contribuindo para o conhecimento sobre a doença, possibilitando o diagnóstico diferencial naqueles com dor facial de forte intensidade, associado à presença de tumorações em nasofaringe ou paranasal.
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