DERMATOSES PREVALENTES NUM GRUPO DE IDOSOS: ESTUDO COMPARATIVO COM A LITERATURA

Autores

  • Sabrina Schimith de Paula
  • Maria Olívia de Lima Bezerra
  • Ignez Regina dos Santos Muri Mendonça

Palavras-chave:

Dermatoses”, “Idosos”, “Prevalência”.

Resumo

Em todo mundo tem se verificado o aumento da expectativa de vida da população. No Brasil, era de 33 anos em 1900 e hoje chega aos 70. Avanços nos setores da saúde, tecnologia e mudanças no estilo de vida proporcionaram o aumento do envelhecimento da população mundial. Diante disso a pele é o órgão que melhor evidencia as alterações precoces do envelhecimento humano, podendo representar tanto alterações fisiológicas quanto patológicas. Apesar das doenças dermatológicas dessa fase da vida apresentarem baixa mortalidade, possuem alta morbidade, se tornando um problema de saúde pública. O presente estudo tem como objetivo determinar a prevalência das dermatoses em 125 idosos que compareceram ao evento “Dia da feliz idade” da associação dos aposentados e pensionistas de Volta Redonda no centro de prevenção à saúde do idoso. Como metodologia, foi aplicado um questionário composto por 6 perguntas básicas: 1) idade; 2) sexo; 3) medicações em uso; 4) uso de fotoproteção; 5) consulta dermatológica anterior; 6) número de banhos por dia. Posteriormente os pacientes foram submetidos ao exame dermatológico detalhado por dois dermatologistas especialistas auxiliados pelos integrantes da liga de dermatologia Bezerra e Mendonça da Universidade Severino Sombra. Os dados obtidos foram calculados por meio da prevalência (número de pacientes com a dermatose/ número total de pacientes) e da freqüência das dermatoses (número de pacientes com a dermatose/ número total de dermatoses). Os idosos corresponderam a 92, 2% do total de 134 pacientes examinados, sendo a mediana de idade 66 anos. A melanose solar foi a dermatose não tumoral prevalente (49.6%), seguida pela ceratose seborreica, nevo rubi, onicopatias em geral, xerose, ceratose actínica, púrpura senil, prurido e farmacodermias. Foi encontrado apenas um caso de dermatose tumoral maligna representado pelo carcinoma basocelular. Ao realizar esse estudo e comparando os resultados com a literatura pertinente evidenciou-se que os idosos estão em constante risco de desenvolver uma grande variedade de alterações cutâneas, desde as benignas como a xerose cutânea até as extremamente malignas como o melanoma. Nossos resultados não diferem dos literários. O papel social do exame dermatológico gratuito feito por um grupo acadêmico durante um evento de massa mostra a possibilidade da educação principalmente para conceitos de fotoproteção. Nessa faixa etária o uso de medicamentos é muito comum e a correlação com quadros de alergia pode ser orientada. O conhecimento das manifestações dermatológicas mais prevalentes nessa fase da vida, permitirá o diagnóstico e a terapêutica visando uma melhor qualidade de vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Dinato SLM et al. Prevalência de dermatoses em idosos residentes em instituição de longa permanência. Rev Assoc Med Bras. 2008;54(6): 543-7.

Sittart JLS, Zanardi FHT. Prevalência das dermatoses em pacientes da 4ª idade. Rev Soc Bra Clin Med. 2008;6(4):125-129.

Nascimento LV. Dermatologia Geriátrica?. An bras Dermatol, Rio de Janeiro. 2001;76(6):649-652.

Pegas APCS et al. Dermatoses prevalentes em idosos atendidos em um ambulatório de dermatologia de uma unidade básica de saúde (Policlínica UniFOA) de Volta Redonda, RJ, entre 2002 e 2010. 2012:1809-9475.

Campbell GAM et al. A pele do idoso: A propósito de 150 observações. An bras Dermatol, Rio de Janeiro. 1995;70(6):511-514.

Rocha FP et al . Marcadores e fatores de risco para queratoses actínicas e carcinomas basocelulares: um estudo de caso-controle. An bras Dermatol, Rio de Janeiro. 2004;79(4):441-454.

Alves JB, Nunes DH, Ramos LD. Prevalência das dermatoses no ambulatório de dermatologia da UNISUL. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2007;36(1):65-68.

Irulegui RSC et al. Perfil Populacional de Pacientes Idosos com Dermatoses Biopsiadas em um Hospital Escola do Sul de Minas. Ciências em Saúde. 2012;2(3):1-8.

Filho CDSM et al. Neoplasias Malignas Cutãneas: estudo epidemiológico. An bras Dermatol, Rio de Janeiro. 1996;71(6):479-484.

Oliveira TF, Monteguti C, Velho PENF. Prevalência de problemas dermatológicos durante uma clínica assistencial no interior do Brasil. An Bras Dermatol. 2010;85(6):947-9.

Azulay RD. Guanabara Koogan, 5 ed. Rio de Janeiro. 2008:193-222.

Jelinek JE. Cutaneous manifestations of diabetes mellitus. Int J Dermatol. 1994;33:605-17.

Costa LM et al. O idoso em terapêutica plurimedicamentosa. Cienc Cuid Saude. 2004;3(3):261-6.

Castellar JI et al. Estudo da farmacoterapia prescrita a idosos em instituição brasileira de longa permanência. Acta Med Port. 2007;20:97-105.

Schneider RH, Marcolin D, Dalacorte RR. Avaliação funcional de idosos. Scientia Medica. 2008;18(1):4-9.

Downloads

Publicado

2017-08-31

Como Citar

de Paula, S. S., de Lima Bezerra, M. O., & Muri Mendonça, I. R. dos S. (2017). DERMATOSES PREVALENTES NUM GRUPO DE IDOSOS: ESTUDO COMPARATIVO COM A LITERATURA. Revista De Saúde, 8(1 S1), 133–134. Recuperado de https://editora.univassouras.edu.br/index.php/RS/article/view/977

Edição

Seção

Resumo - Suplemento