Mãos que salvam

Um manual prático para o público em geral de como agir em situações de Parada Cardíaca Extra Hospitalar

Resumo

As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no Brasil e no mundo. Sendo a maior responsável pela parada cardiopulmonar (PCR), que se caracteriza por uma interrupção súbita dos batimentos cardíacos e da respiração. Ela pode ocorrer em ambiente intra hospitalar, chamada Parada Cardíaca Intra Hospitalar, que será cuidada pela equipe médica do Hospital, ou ocorrer em ambiente extra hospitalar, sendo chamada de PCR EH.  A parada cardíaca extra hospitalar (PCREH) é um evento súbito, dramático e sem sinais de alerta, com elevada taxa de mortalidade, que pode ser revertida caso a vítima seja prontamente socorrida com manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) eficaz. A RCP, quando realizada por socorrista leigos treinados, possuem melhor prognostico. No Brasil cerca de 200 mil pessoas são vítimas de PCR/ano, sendo que metade desse número ocorre em ambiente Extra hospitalar como, residências, shoppings, estádio, academias, via pública etc. O suporte básico a vida (SBV), composto pelos três primeiros elos da cadeia de sobrevivência (ECS) da American Heart Association (AHA) que são: O reconhecimento da PCR com rápido acionamento do serviço de emergência; imediato início da compressão torácica e desfibrilação; constituem o fator de maior relevância para a sobrevida e alta hospitalar sem danos neurológicos após uma PCR. O suporte avançado a vida (SAV), com exceção da desfibrilação, só alcançará o objetivo de retorno da circulação espontânea (RCE) sem ou com o mínimo dano neurológico, se precedido de um SBV efetivo. O objetivo deste trabalho é disseminar os conhecimentos mínimos necessários para o correto suporte a vítima de PCREH até a chega do Desfibrilador ou do Serviço Móvel de urgência, garantindo assim maior chance de sobrevida, com qualidade de vida às vítimas dessa emergência.