Como os psicólogos veem sua atuação frente aos processos de Judicialização no Conselho Tutelar?
DOI:
https://doi.org/10.21727/rm.v14i1.3512Resumo
Este trabalho objetiva analisar a atuação dos psicólogos em conjunto com a perspectiva da Psicologia Jurídica no Conselho Tutelar, discutindo o processo de judicialização realizado e sua implicação no bem-estar de crianças e adolescentes. A metodologia foi
qualitativa e exploratória, e os participantes são profissionais psicólogos da equipe técnica dos Conselhos Tutelares cedidos pela SMASDH (Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos) da Prefeitura do Município da Cidade do Rio de
Janeiro, conjuntamente com alguns de Varas da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; o instrumento foi um questionário aberto e as respostas foram analisadas e categorizadas à luz da análise de conteúdo de Bardin (2010). Este questionário foi aplicado individualmente e de modo virtual. Como resultado, foi possível notar o quão prejudicial pode ser a judicialização de casos, que foi associada pelos participantes a diversos fatores negativos, como o “comprometimento do bemestar dos envolvidos” (38,46%), “dificuldade de análise dos casos” (38,46%) e “dificuldades nas relações familiares” (15,38%). Além disso, pudemos notar a importância do trabalho interdisciplinar nos Conselhos Tutelares e como este está
associado ao trabalho em rede. Por fim, destaca-se que o psicólogo cumpre um papel fundamental frente aos casos de judicialização, por meio de práticas como o acolhimento dos envolvidos, destacado em 53,84% das respostas, que inclui a escuta qualificada, que também esteve presente em diversas respostas, bem como a conscientização dos familiares (30,76%) e a recorrência ao suporte do Estado (15,38%).
Palavras-chave: Conselho Tutelar. Estatuto da Criança e do Adolescente. Psicologia Jurídica. Psicólogo.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Michelle Santos Magalhães, Silvia Maria Melo Gonçalves
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/