Ética e Presença: efeitos da pandemia do COVID-19 nas práticas dos profissionais da Psicologia no Brasil

Resumo

O advento da pandemia do novo coronavírus provocou mudanças repentinas que atingiram os mais diversos aspectos da vida humana. Diante disso, alguns processos esperados para o futuro foram acelerados e colocados à prática, como a utilização da tecnologia para mais atividades do cotidiano e o uso de também dela para serviços de saúde. Estudos da FioCruz (2020), apontaram que uma população exposta a uma pandemia pode sofrer manifestações psicopatológicas, caso não seja feito um trabalho voltado à saúde mental. Em tais condições, os impactos são psicossociais e de acordo com o tamanho da pandemia e o grau de vulnerabilidade de cada pessoa. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo discutir como a pandemia do COVID-19 influenciou na atuação do psicólogo e como a ciência psicológica se estruturou em sua ética e práxis para promover saúde mental nesse contexto. Propõe também, uma reflexão acerca das possíveis contribuições da mesma para a diminuição das desigualdades sociais que ficaram mais atenuadas nesse momento. Conclui-se que durante a pandemia, o psicólogo ficou limitado em certas situações, se adaptou e repensou alguns posicionamentos. Iniciativas de projetos sociais que atendam a população mais vulnerável foram presentes e de extrema necessidade para contribuir com ações que buscaram amenizar as consequências de tal contexto, principalmente para grupos minoritários que foram atingidos de forma expressiva.