Isolamento de bactérias de úlceras por pressão de pacientes internados em hospital universitário
Palavras-chave:
Bactéria, Infecção, Úlcera por Pressão.Resumo
Introdução: Diante da constante em úlceras por pressão, o conhecimento das principais bactérias causadoras desta se faz necessário na prevenção e tratamento das mesmas. Materiais & Métodos: A coleta foi realizada através de swab estéril. As amostras foram classificadas como infectadas através de Leitura de Absorbância (≥ 0.080). Foi realizado caracterização de bacilos Gram-negativos e cocos Gram-positivos através de testes bioquímicos. O perfil de suscetibilidade antimicrobiana foi determinado por teste de disco difusão em Agar Müller Hinton. Resultados: Crescimento bacteriano foi encontrado em 22 das 26 amostras coletadas, todas (100%) classificadas como infectadas. Os microrganismos isolados incluem Pantoea agglomerans 59%, Salmonella sp. 5%, Citrobacter freundii 9%, Proteus vulgaris 14%; Staphylocococus spp. coagulase-negativo 9% e 5% de Micrococcus. As amostras apresentaram elevado nível de resistência aos agentes antimicrobianos. Discussão: A presença de bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae, como a P. agglomerans, pode ser explicado pelo fato da infecção ser iniciada a partir da colonização da pele frágil, com bactérias oriundas do trato urinário ou digestivo, visto maior incidência de úlcera por pressão na região sacral. Considerações Finais: A infecção destas feridas e o elevado nível de resistência aos antibióticos, podem aumentar significativamente o índice de morbidade e mortalidade em ambiente intra-hospitalar.Downloads
Referências
Carvalho PTC, Marques APC, Reis FA, Belchior ACG, Silva IS, Habitante CA, et al. Photodynamic inactivation of in vitro bacterial cultures from pressure ulcers. Acta Cir Bras. 2006; 21(4): 32-35.
European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP) and National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP). Treatment of pressure ulcers: Quick Reference Guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009.
Wada A, Teixeira Neto N, Ferreira MC. Úlceras por pressão. Rev. med. (São Paulo). 2010; 89(3/4): 170-177.
Lima ACB, Guerra DM. Avaliação do custo do tratamento de úlceras por pressão em pacientes hospitalizados usando curativos industrializados. Cien Saúde Colet. 2011; 16(1): 267-277.
Benvindo RG, Braun G, Carvalho AR, Bertolini GR. Efeitos da terapia fotodinâmica e de uma única aplicação de laser de baixa potência em bactérias in vitro. Fisioter. pesqui. 2008; 15(1): p.53-57.
Lin VW, editor. Spinal Cord Medicine: Principles and Practice. New York: Demos Medical Publishing; 2003.
Bornside GH, Bornside BB. Comparison between moist swab and tissue biopsy methods for quantitation of bacteria in experimental incisional wounds. J Trauma. 1979; 19: 103–105, apud Bowler PG, Duerden BI, Armstrong DG. Wound Microbiology and Associated Approaches to Wound Management. Clin Microbiol Rev. 2001; 14(2): 244–269.
Bordignon-Junior SEM, Miyaoka F, Costa JL, Benavente CAT, Couto, GH, Soccol CR. Inibição do crescimento de bactérias Gram-negativas em microdiluição por tratamento com Nisina e EDTA. J. Biotechnol. Biodivers. 2012; 3(4):127-135.
Braga IA. Úlcera por pressão como reservatório e fonte de infecção de bacilos gram-negativo em pacientes internados em um hospital de nível terciário e em residentes de instituições de longa permanência para idosos [Dissertação]. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia; 2011.
ANVISA. Microbiologia Clinica para o Controle de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde: Principais Síndromes Infecciosas/Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: ANVISA; 2013.
Mohammed A, Adeshina GO, Ibrahim YKE. Retrospective incidence of wound infections and antibiotic sensitivity pattern: A study conducted at the Aminu Kano Teaching Hospital, Kano, Nigeria. Int. J. Med. Med. Sci. 2013; 5(2): 60-66.
Martins MA, Tipple AFV, Reis C, Santiago SB, Bachion MM. Úlcera crônica de perna de pacientes em tratamento ambulatorial: análise microbiológica e de suscetibilidade antimicrobiana. Ciênc. cuid. saúde. 2010; 9: 464-470.
Levine NS, Lindberg RB, Manson AD; Fruitt BA. The quantitative swab culture and smear: a quick, simple method for determining the number of viable aerobic bacteria on open wound. J Trauma. 1976; 16(2): 89-94.
Ferreira AM, Andrade D. Swab de feridas: recomendável?. Rev. enferm. UERJ. 2006; 14(3): 440-6.
Koneman EW, Allen SD, Janda WM. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colororido. Rio de Janeiro: MEDSI, 2014.
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing; Twenty-Fourth Informational Supplement. CLSI document M100-S24. Wayne, PA: Clinical and Laboratory Standards Institute; 2014.
Chacon JMF, Blanes L, Góis AFT, Ferreira LM, Zucchi P. Aspectos epidemiológicos do paciente com úlcera por pressão na Unidade de Terapia Intensiva do pronto-socorro de um hospital de ensino de São Paulo. Saúde Colet. 2013; 10(59): 14-19.
Fernandes NCS, Torres GV. Úlceras de pressão em pacientes de UTI. Cienc Cuid Saude. 2008; 7(3):304-310.
Rogenski NMB, Santos VLCG. Estudo sobre a incidência de úlceras por pressão em um hospital universitário. Rev Latino-am Enfermagem. 2005; 13(4):474-80.
Rogenski NMB, Kurcgant P. Rev. Incidência de úlceras por pressão após a implementação de um protocolo de prevenção. Latino-Am. Enfermagem mar.-abr. 2012;20(2).
Soares DAS, Vendramin FS, Pereira LMD, Proença PK, Marques MM. Análise da incidência de úlcera de pressão no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência em Ananindeua, PA. Rev. Bras. Cir. Plást. 2011; 26(4): 578-81.
Nicolle LE, Orr P, Duckworth H, Brunka J, Kennedy J, Urias B, et al. Prospective study of decubitus ulcers in two long term care facilities. Can J Infect Control. 1994; 9(2):35-8.
Maklebust J, Sieggreen M. Pressure Ulcers: Guidelines for Prevention and Management. Springhouse, PA: Springhouse Corporation, 2001.
Chavasco JK, Fonseca IB, Goulart DC, Nery LF, Hernandez JWR, Chavasco JM. Avaliação Microbiológica das Úlceras de Decúbito (Escaras). R. Un. Alfenas, Alfenas,5:211-214, 1999.
Balbuena JO, Madero RG, Gómez TS, Caballero MC, Romero IS, Martínez AR. Microbiology of pressure and vascular ulcer infections. Rev Esp Geriatr Gerontol. 2015; 50(1):5-8.
Heym B, Rimareix F, Lortat-Jacob A, Nicolas-Chanoine M-H. Bacteriological investigation of infected pressure ulcers in spinal cord-injured patients and impact on antibiotic therapy. Spinal Cord. 2004; 42(4):230-4.
Dana AN, Bauman WA. Bacteriology of pressure ulcers in individuals with spinal cord injury: What we know and what we should know. J Spinal Cord Med. 2015;38(2):147-60.
Bicudo EL, Macedo VO, Carrara MA, Castro FFS, Rage RI. Nosocomial outbreak of Pantoea agglomerans in a pediatric urgent care center. Braz J Infect Dis. 2007; 11(2).
Oliveira AC, Silva RS, Díaz MEP, Iquiapaza RA. Resistência bacteriana e mortalidade em um centro de terapia intensiva. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2010; 18(6).
Santo NQ. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Texto Contexto Enferm. 2004; 13: 64-70.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/