Perfil sociodemográfico e saúde reprodutiva de trabalhadoras de empresa de transporte marítimo.

Autores

  • Vinicius Rodrigues de Souza Universidade Federal Fluminense
  • Donizete Vago Daher UFF
  • Jorge Luiz Lima da Silva UFF
  • Thayssa Cristina da Silva Belo
  • Mariana Ribeiro Lopes
  • Rafael da Silva Soares

Palavras-chave:

Saúde do trabalhador, Saúde da mulher, Trabalho feminino

Resumo

Introdução: Em busca de independência financeira e do prestígio profissional, as mulheres estão buscando o mercado de trabalho e se inserindo em empregos tradicionalmente ocupados por elas, assim como em carreiras tradicionalmente masculinas. Objetivo: Descrever o perfil sócio demográfico e da saúde reprodutiva de mulheres trabalhadoras de empresa de transporte marítimo. Material e Método: Estudo descritivo realizado com 68 funcionárias de uma empresa de transporte marítimo do estado do Rio de Janeiro no ano de 2012. As variáveis contínuas foram apresentadas, segundo suas frequências médias e as variáveis categóricas, segundo seus valores absolutos e proporções. Resultados: Observou-se que a maioria das trabalhadoras são da raça mestiça (54,4%), idade entre 26 e 35 anos (54,4%), ensino médio completo (66,2%), solteira (47,1%), possui filhos (52,9%), e estas com um filho (27,9%), com renda per capita familiar de até cinco salários mínimos. No quesito saúde reprodutiva este público alega nunca ter realizado exame de preventivo (89,7%), faz com certa frequência o autoexame das mamas (54,4%), executou a mamografia no último ano (66,2%), não tiveram nenhuma doença ginecológica (41,2%) e das que tiveram, a mais acometida foi à infecção urinária (33,8%). Discussão: É necessário que se garanta o acesso das mulheres e ações resolutivas, seguindo as especificidades do ciclo vital feminino e do contexto de suas necessidades. Considerações finais: Esse estudo colabora para o avanço do conhecimento multidisciplinar da saúde do trabalhador e fornecem subsídios à área da enfermagem, com vista a trabalhar a interdisciplinaridade e integralidade do cuidado em saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vinicius Rodrigues de Souza, Universidade Federal Fluminense

Enfermeiro. Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Federal Fluminense.

Donizete Vago Daher, UFF

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/EEAAC, Universidade Federal Fluminense/UFF.

Jorge Luiz Lima da Silva, UFF

Enfermeiro. Doutor em Saúde Publica. Professor Adjunto da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/EEAAC, Universidade Federal Fluminense/UFF

Thayssa Cristina da Silva Belo

Enfermeira. Especialista em Enfermagem Obstétrica. Professora Substituta da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.

Mariana Ribeiro Lopes

Enfermeira. Especialista em Enfermagem Pediátrica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Rafael da Silva Soares

Enfermeiro. Mestre em Ciências do Cuidado pela Universidade Federal Fluminense

Referências

- Teykal CM, Rocha-Coutinho ML. O homem atual e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Psico,2007;38(3):262-268.

- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Mensal de Emprego. Algumas características da inserção das mulheres no mercado de trabalho Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre 2003-2011. Rio de Janeiro, 2012.

- Guedes MC. A inserção dos trabalhadores mais escolarizados no mercado de trabalho brasileiro: uma análise de gênero. Trab Educ Saude,2010;8(1):55-75.

- Jonathan EG. Mulheres empreendedoras: medos, conquistas e qualidade de vida. Psicologia em Estudo, 2005; 10(3): 373-382.

- Rocha-Coutinho, M. L. Quando o executivo é uma “dama”: A mulher, a carreira e as relações familiares. Rio de Janeiro: Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; 2003.

- Vidal RQS, Silvany Neto AM. Trabalhadoras brasileiras: características socioeconômicas e ocupacionais e perfil de saúde. Rev Bras Saúde Ocup, 2009; 34: 115-127.

- Brito JC. Trabalho e sofrimento psíquico na Marinha Mercante: um estudo sobre a tripulaçäo embarcada [dissertação]. Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de Saúde Publica; 1999.

- Carvalho MM. Vida e trabalho de marítimos embarcados do setor offshore [dissertação]. Rio de Janeiro (RJ): Fundação Oswaldo Cruz; 2010.

- Scorzafave LG; Menezes-Filho N. Caracterização da participação feminina no mercado de trabalho: uma análise de decomposição. Economia Aplicada, 2006; 10 (1): 41-55.

– Margonato RCG ; Souza SCI. Trabalho feminino: perfil ocupacional por gênero e setores econômicos na região sul do Brasil e Santa Catarina. Anais do V Encontro de Economia Catarinense; 2011; Florianópolis: Unesc; 2011.

- Organização Internacional do Trabalho. Relatório Global sobre os salários 20122013: Salários e crescimento equitativo. Genebra, 2013.

- Novais CDCP. As trajectórias profissionais de mulheres na actual economia flexível e sua relação com dinâmicas familiares [dissertação]. Porto(PT): Universidade do Porto; 2010.

Inoue KC; Silva GLG; Yassuko ACM, et al. Estresse ocupacional em intensivistas que prestam os cuidados com o paciente crítico. Revista Brasileira de Enfermagem, 2013; 66 (5): 722-729.

- Campos RM. Estudo internacional: mulher marítima: gestação e maternidade. São Paulo: Instituto Brasileiro de Comunicação Social, 2011.

- Ewald D. Prevalência da síndrome metabólica e dos principais fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis em mulheres trabalhadoras em turnos [dissertação]. Universidade do Vale do Itajaí; 2011.

- Monte PA e Penido MRJ. Determinantes da duração esperada do trabalho urbano e rural no Nordeste brasileiro. Revista de Economia e Sociologia Rural, 2008; 46 (4), 989-1013.

- Rocha MAD, Freitas MCC, Bezerra RJJ, et al. Fatores de risco para câncer cervical e adesão ao exame papanicolau entre trabalhadoras de enfermagem. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 2012;13(1):200-210

- Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília(DF); 2013.

- Silva IT, GRIEP RH, Rotenberg L. Apoio social e rastreamento de câncer uterino e de mama entre trabalhadoras de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 2009;17(4): 42-50.

- Afonso VW, Ribeiro LC, Bertocchi FM, et al. Conhecimentos, atitudes e práticas acerca de exames ginecológicos preventivos por trabalhadoras do terceiro setor. HU ver, 2011; 37: 431-439.

- Smeltzer SC, Bare BG. Hinkle JL, Cheever KH. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.

- Silva, S. C., Poppe, S., Barnabé, A. S., Fornari, J. V., & Ferraz, R. R. N. (2013). Identificação dos fatores de risco e prevalência de infecção do trato urinário em trabalhadoras do serviço de teleatendimento. ConScientiae Saúde, 11(4), 598-606.

- Viana LRC, (editor). Ginecologia. 2ª ed. São Paulo: Medsi; 2001. p. 901.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2018-12-21