A relação entre sífilis congênita e o tratamento do parceiro da gestante: um estudo epidemiológico.
DOI:
https://doi.org/10.21727/rpu.v10i2.1934Resumo
A sífilis congênita é uma doença infectocontagiosa responsável por desfechos desfavoráveis e custos para saúde pública. O rastreamento pré-natal sorológico é a medida mais importante para identificar os fatores de risco para sífilis congênita e a infecção transplacentária pode ocorrer em qualquer fase da gravidez. O presente artigo tem como objetivo demonstrar a relação do aumento de casos de sífilis congênita com o não tratamento dos parceiros de gestantes portadoras de sífilis. Esse estudo é transversal descritivo demonstrando um aumento do número de casos de sífilis congênita quando não há tratamento do parceiro da gestante, ainda que ela tenha realizado o tratamento, no Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2017. A plataforma DATASUS foi utilizada para obtenção dos dados. Através dos dados, nota-se que em gestantes com pré-natal realizado e parceiros tratados, o ano de menor incidência de sífilis congênita foi 2013 com um total de 412 casos e o ano com o maior número de casos foi 2015 com um total de 831. Em 2017, a queda foi mais significativa, reduzindo pela metade o total de casos se comparado a 2016, com um valor total de 447. Já em comparação às gestantes cujos parceiros não foram tratados, no período compreendido entre 2013 a 2016 a incidência de sífilis congênita foi ascendente. Este estudo mostrou a importância de um pré-natal bem realizado para detecção de gestantes portadoras de sífilis, assim como seu seguimento e o tratamento do seu parceiro.
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