A percepção do acadêmico de enfermagem acerca da reificação na saúde
DOI:
https://doi.org/10.21727/rpu.v14iEspecial.3794Resumo
O cuidado em saúde enfrenta diversos desafios diariamente em diferentes contextos. Um desses desafios é o fenômeno da reificação, um termo que se refere à transformação dos valores das coisas, onde pessoas tomam um valor de objeto e, ao passo que isso acontece, confere-se a objetos o valor igual ou semelhante às pessoas. Para melhor apreender como a enfermagem enxerga esse fenômeno, é importante compreender qual a percepção do acadêmico de enfermagem acerca do fenômeno da reificação, acadêmico este que reflete o pensamento e as demandas da profissão. Foi realizado estudo qualitativo, descritivo fenomenológico fundamentado em Maurice Merleau-Ponty. Foi aplicado um formulário semiestruturado aos participantes acadêmicos de enfermagem do 8º e 9º períodos de um curso de graduação de uma universidade pública federal. Utilizou-se a análise temática de Amedeo Giorgi para obter as unidades de significado que traduzem o contexto das falas dos participantes em relação aos efeitos da reificação na enfermagem e na saúde. Dentre elas, listou-se elementos como cuidado mecanizado, relações coisificadas, profissionais e pacientes objetificados, além de desvalorização do trabalho, relações interpessoais prejudicadas, adoecimento profissional, comprometimento da humanização, entre outros. Por fim, conclui-se que a reificação afeta a enfermagem e a área da saúde de maneira ampla e multifocal, desdobrando seus efeitos em diversos contextos, desde os pacientes e familiares até o profissional e as instituições que os abrigam. Entretanto, vislumbra-se através da afirmação do cuidado humanizado, autorreflexão e autocrítica a fragilização desse fenômeno da reificação no campo da saúde.
Palavras-chave: Estudantes de Enfermagem; Enfermagem; Filosofia em Enfermagem; Pesquisa Qualitativa.
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