Saúde mental e atenção primária: uma experiência dos agentes co-munitários de saúde frente ao curso de capacitação no município de Vassouras-RJ

Autores

  • Juliana Athayde de Vasconcellos
  • Manoela Alves

Palavras-chave:

Enfermagem psiquiátrica, Atenção Básica, ACS,

Resumo

O estudo aborda a mudança dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), relativa à percepção do doente/doença mental, a partir da capacitação realizada por docentes de enfermagem e pesquisadores da Universidade Severino Sombra. Tendo como objetivos: descrever a percepção do ACS em relação ao sofrimento psíquico antes da capacitação em saúde mental; e avaliar as repercussões do curso no trabalho cotidiano do ACS. O estudo é de natureza qualitativa. A produção de dados foi por meio de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistados 7 ACS da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Vassouras-RJ, coletadas no campo de prática desses agentes. Em respeito aos aspectos éticos e legais da pesquisa, o projeto foi submetido à avaliação do CEP/USS, atendendo à resolução 196/96. Os dados foram analisados pelo método de análise de conteúdo temático segundo Bardin (2004). Construímos duas categorias: o estigma da doença mental e o trabalho do ACS; e as mudanças provocadas no trabalho do ACS decorrentes da capacitação em Saúde Mental. Os dados apontam que através da capacitação e a ampliação de conhecimento, há uma melhoria do trabalho dos ACS proporcionando a identificação precoce de sugestivos sinais e sintomas de transtorno mental e possíveis crises. Com a realização do acompanhamento, inclusive medicamentoso, envolvendo a família e a comunidade, promovendo a inserção social, minimizam-se os estigmas que envolvem o transtorno mental, tanto na sociedade quanto por parte dos profissionais que ali atuam. Concluímos que é preciso preparar melhor os ACS através da capacitação para o melhor entendimento da doença mental, a fim de quebrar barreiras e preconceitos, promovendo benefícios na assistência a essa população, possibilitando a identificação precoce desses transtornos e o acionamento rápido da equipe, evitando a instalação efetiva das crises através de orientações e incentivo a respeito das demais formas de tratamento complementares e o medicamentoso.

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Publicado

2016-12-01