Um ensaio de dieta artificial de carne vegetal para a criação de moscas varejeiras, para utilização em pesquisa científica
Abstract
As moscas varejeiras, são dípteros necrófagos e possuem importância médico-sanitária, importância entomológica forense e devido à natureza necrófaga de suas larvas são utilizadas em terapia larval auxiliando na cicatrização de feridas necrosadas. A criação de dípteros da Família Calliphoridae em laboratório apresenta limitações relacionadas ao tipo de dieta a ser utilizada na criação larval, pois a carne é um substrato de difícil manutenção e de rápido processo de putrefação. Avaliou-se de forma comparativa a eficiência de uma dieta artificial, a base de proteína vegetal, para a criação de imaturos de Chrysomya megacephala. Os ensaios foram realizados com três tratamentos, constituídos de quatro repetições cada, nas proporções de 50 neolarvas: 50g de dieta (1:1), 50 neolarvas:100 g de dieta (1:2) e 50 larvas: 150g de dieta (1:3) e observados diariamente, até a emergência. A duração do estágio larval, pupal e do período de neolarva a adulto entre as dietas D1, D2, D3 (1:1, 1:2 e 1:3) diferiram respectivamente. A dieta D1(1:1) apresentou uma menor duração de estágio larval, sendo observado que uma maior densidade larval tem um efeito positivo na absorção e assimilação alimentar resultando em uma duração média de estágio larval menor e uma maior taxa de sobrevivência. A dieta D3 (1:3) apresentou um menor período pupal, sendo observado que as pupas que apresentaram maior peso tiveram uma duração menor do estágio pupal. Considerando a adaptação de C. megacephala, pode-se inferir que a dieta a base de proteína vegetal testada ainda não é vantajosa para manutenção de grandes colônias quando comparada as dietas naturais de proteína animal, mas apresenta características necessárias para uma boa dieta de manutenção dos espécimes em laboratório, para sua utilização em pesquisas científicas.
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