PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO EM PACIENTES COM AFECÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS
Keywords:
“Automedicação”, “Otorrinolaringologia”, “Prevalência”.Abstract
Automedicação é definida como o ato de administrar medicamento sem prescrição médica1, sendo que a seleção e o uso destes são realizados por indivíduos inaptos para tal2,3. O uso de medicação inadequada pode mascarar a doença de base3, podendo acarretar no seu agravamento, enfermidades iatrogênicas e efeitos adversos4. Além disso, pode levar a seleção de bactérias multirresistentes 5,6. Objetivou-se determinar a prevalência da utilização de medicamentos sem prescrição médica pelos pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia, do HUSF, de Vassouras-RJ. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, do tipo inquérito, em pacientes atendidos no ambulatório de otorrinolaringologia do HUSF, durante o período de abril a novembro de 2013. Utilizou-se o questionário adaptado de Servidoni7e termo de consentimento livre e esclarecido. Dentre os 100 entrevistados, 93% responderam que já usaram ou compraram medicamento sem receita médica e a maioria eram mulheres. As medicações mais utilizadas foram analgésicos/antitérmicos e antiinflamatórios, e a principal motivação para o uso foi a cefaléia. Dos 93 entrevistados que se automedicavam, 56% obtiveram aconselhamento com o farmacêutico ou balconista para comprar as medicações. Ficou caracterizado o acesso restrito aos serviços médicos e o fácil alcance aos fármacos, devido à fiscalização deficiente, que acabam fomentando a automedicação. A população desconhece os limites e perigos desta conduta de forma indiscriminada e suas repercussões no organismo humano. Tornam-se necessárias políticas públicas que inibam essa prática abusiva e permitam melhorar a qualidade da assistência médica.Downloads
References
Silva Yara, Fontoura R. Principais Consequências da Automedicação em Idosos. Revista de Divulgação Científica Sena Aires. 2014;(1):75-82.
Silva LB. Consumo de medicamentos e prática da automedicação por acadêmicos da área de saúde da Universidade Estadual de Londrina. Revista espaço para a saúde. 2015;16(2):27-36.
Dutra JR, Souza S MF, Peixoto MC. A influência dos padrões de beleza veiculados pela mídia, como fator decisório na automedicação com moderadores do apetite por mulheres no município de Miracema - MG. Revista Transformar. 2015;2(1):194-213.
Fernandes IDQ. Impacto farmacoeconômico da racionalização do uso de antimicrobianos em unidades de terapia intensiva. Rev Bras Farm Hosp Serv Saúde. 2012;3(4):4-10.
Carvalho AD. Perfil da automedicação em universitários da cidade de Mogi Guaçu. 2014;(6):93-107.
Wannmacher L. Condutas baseadas em evidências sobre medicamentos utilizados em atenção primária à saúde. Uso racional de medicamentos. Rev. Ministério da Saúde. 2012:9-14.
Dandolini BW. Uso Racional de Antibióticos: uma experiência para educação em saúde com escolares. Ciência Saúde Coletiva Rio de Janeiro. 2012;17(5):1323-1331.
Domingues PH. Prevalence of self-medication in the adult population of Brazil: a systematic review. Rev. Saúde Pública [online]. 2015;49(1): 1518-8787.
Servidoni AB, Coelho L, Navarro ML, Ávila FG, Mezzalira R. Perfil da automedicação nos pacientes otorrinolaringológicos. Rev. Bras. Otorrinolaringologia. 2006;72(1):83-8.
Oliveira MM. A saúde do homem em questão: busca por atendimento na atenção básica de saúde. Revista ciência e saúde coletiva. 2015;20 (1):273-278.
Mastroiani PC, Andrade RV, Galduroz JCF, Farache FA. Acesso, segurança e uso de medicamentos por usuários. Rev. Ciênc. Ext. 2012; 8(2):6-24.
Pardo I. Automedicação: prática freqüentena adolescência? Estudo em uma amostra de estudantes do ensino médio de Sorocaba. Rev. Fac. Ciências Médicas Sorocaba. 2013;15(2):11-15.
Schimid B; Bernal R, Silva NN. Automedicação em adultos de baixa renda no município de São Paulo. Revista de Saúde Pública. 2010;44(6):1039-1045.
Paim R, Muller AC. Uso de medicamentos em crianças sem prescrição médica: uma revisão de literatura. Revista Varia Scientia. 2015;(1):149-155.
Ferreira TA, Ferreira FD. Qualidade da prescrição de antimicrobianos na região noroeste do Paraná, Brasil. Revista Saúde e Biolologia. 2015;10 (1):131-137.
Nascimento MC. A categoria racionalidade médica e uma nova epistemologia em saúde. Revista Ciência e saúde coletiva. 2013;18(12):3595-3604.
Almeida RB, Scheffer TP. Estudo sobre a utilização de recursos vegetais com potencial terapêutico. Revista Saúde Pública de Santa Catarina, Florianópolis. 2012;5(1):59-71.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/